domingo, 29 de janeiro de 2012

Apnéia do sono aumenta o risco de morte para 46%


Como tenho IMC inferior a 40, preciso comprovar comorbidades para meu plano poder autorizar minha cirurgia.
Meu médico pediu que fizesse um exame chamado polissonografia.
Fiz o exame, colocam vários eletrodos na cabeça e corpo enquanto dormimos. Tudo é feito em laboratório. Passei uma noite dormindo lá.
Toda atividade durante o sono é gravada por um computador. Após 10 dias nos dão o resultado. Fiquei surpresa com o resultado deste exame. Deu apnéia do sono severa. Fui pesquisar então e fiquei bastante preocupada, querendo fazer logo minha cirurgia. Veja o que encontrei:

INTRODUÇÃO
Desde as primeiras descrições da síndrome de apnéia do sono tipo obstrutivo (SASO), na década de 1960, aventou-se a possibilidade de ocorrer morte relacionada à apnéia durante o sono, e diversos casos isolados, sugestivos, foram relatados1. Porém, a ocorrência de morte em pacientes com SASO está associada a vários fatores coadjuvantes potentes, como obesidade, hipertensão, doenças cardiopulmonares e acidentes automobilísticos. As pesquisas epidemiológicas recentes buscam identificar a importância relativa destes fatores. O objetivo da presente revisão é fornecer o conceito de mortalidade relacionada à SASO, e os dados atuais embasados em pesquisas populacionais e laboratoriais.

EPIDEMIOLOGIA DA MORTALIDADE
A suspeita de SASO é levantada em estudos epidemiológicos amplos, usualmente com base em sua sintomatologia, incluindo ronco, sonolência excessiva diurna e relato de pausas respiratórias durante o sono. Faixa etária e sexo são fatores relevantes na SASO, uma vez que 82% a 95% dos acometidos são homens de meia idade2 . Em estudos populacionais, SASO é encontrada em 1,9% dos homens entre 30 e 60 anos de idade3 . Entretanto, para o diagnóstico de certeza é necessária a polissonografia 4. Esta, por ser exame de alta complexidade, geralmente não é realizada em populações amplas, mas sim em grupos restritos, grupos de risco ou suspeitos. A polissonografia é a monitorização, durante noite inteira, de diversos parâmetros fisiológicos, incluindo o eletroencefalograma, eletrocardiograma, eletrooculograma, eletromiograma, medida de fluxo aéreo bucal e nasal, esforço respiratório por meio de pneumógrafo e medida de saturação transcutânea contínua de O2 por meio de oxímetro. Esta monitorização é feita em Centros de Distúrbios do Sono, em salas com temperatura constante e atenuação de sons.
A severidade da SASO é, via de regra, avaliada com base nos dados da polissonografia. A freqüência das apnéias e a dessaturação de O2 são dois critérios empregados. Utiliza-se o índice de apnéias, ou seja, o número de apnéias por hora de sono; e o índice de apnéias + hipopnéias por hora de sono, o qual é também denominado RDI (respiratory disturbance index). Estes índices são utilizados internacionalmente, permitindo comparar resultados entre pesquisas. Os valores normais para homens adultos do índice de apnéias são abaixo de 5/h; e o do índice de apnéias + hipopnéias, abaixo de 10/h. Além da severidade da SASO, determinada na polissonografia, temos utilizado dois outros exames para localização dos sítios de obstrução: a cefalometria e a fibroscopia (nasofaringoscopia)5 .
Com base na polissonografia (índice de apnéia maior ou igual a 5/h de sono), pode-se dizer que SASO ocorre em 4% a 9% da população geral de homens adultos6 . Pacientes com SASO moderada ou severa (> 20 apnéias/hora de sono) apresentam maiores índices de mortalidade, de 11% a 13% ao ano para os não tratados7,8; mostram queixas de sonolência excessiva e ronco intenso. 
fonte:

Revista da Associação Médica Brasileira

           

A apneia do sono é caracterizada por paradas respiratórias durante o sono e pode se tornar um problema crônico, ocasionando até a morte. Pessoas acima do peso ou com mais de 30 anos são as mais afetadas.
Apneia obstrutiva durante o sono favorece aumento da pressão
Outro estudo, publicado no Hypertension: Journal of the American Heart Association, aponta que quem sofre de apneia enquanto dorme apresenta alterações nos vasos sanguíneos similares a de pessoas com pressão alta. A análise foi liderada pela University of Birmingham, do Reino Unido.
As pesquisas se basearam nas mudanças funcionais dos vasos sanguíneos de 108 indivíduos, sendo 36 deles vítimas de apneia moderada ou severa e sem pressão alta; 36 sem apneia, mas com pressão alta e 36 sem pressão alta e sem apneia. Em seguida, todos passaram por uma bateria de exames, como o ecocardiograma, para observar o bombeamento do sangue e a pressão arterial.
Os resultados dos participantes que tinham apenas apneia e os que tinham só hipertensão foram similares: bombeamento anormal de sangue pelo coração e reatividade alterada de uma artéria que passa pelo braço. Embora as pessoas saudáveis tenham sido submetidas aos mesmos estímulos, somente os que possuíam hipertensão ou apneia evidenciaram fechamento dos vasos sanguíneos, responsáveis pelo aumento da pressão.
A apneia obstrutiva durante o sono é uma doença que ocasiona pausas na respiração enquanto a pessoa dorme. Segundo os pesquisadores, as descobertas devem mudar a forma como a apneia obstrutiva do sono é tratada por médicos e como, muitas vezes, é vista de forma inofensiva pelos pacientes.
fonte: http://www.guiame.com.br/ntc/apneia-do-sono-aumenta-chances-de-deficiencia-cognitiva-em-mulheres.html

                                                                            

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